data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
O faturamento das vendas online entre 10 a 24 de dezembro - período que compreende as vendas relacionadas ao Natal - foi de R$ 3,8 bilhões, alta de 44,6% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a Ebit|Nielsen. Os dados são referentes ao cenário nacional.
O valor supera a projeção de vendas feita pela própria Nielsen, que havia estimado alta de 30% no faturamento de compras online neste ano. No ambiente digital, o avanço nos resultados com as vendas do Natal superou o registrado na Black Friday, que teve crescimento de 26,4%, o melhor desempenho desde 2014.
No Natal da pandemia, o valor médio de compras online dos brasileiros foi de R$ 462, ante R$ 408 em 2019. O número de pedidos também cresceu - 8,1 milhões contra 6,4 milhões no ano passado.
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Para Keine Monteiro, executivo da área de inteligência da Ebit|Nielsen, o agravamento da pandemia faz com que as pessoas utilizem ainda mais o ambiente online.
- Muitos consumidores entraram em 2020 [no ambiente de compras online] por conta da pandemia e do confinamento. Vemos que eles realmente se adaptaram e entraram para ficar - afirma Monteiro.
Embora o volume de compras online siga crescente desde o início do isolamento social no primeiro semestre por causa da pandemia, de acordo com dados da Nielsen apenas 14% dos consumidores realizaram a primeira compra online neste ano - percentual mais baixo desde 2016. Na série histórica iniciada no mesmo ano, o recorde de novos consumidores foi em 2018, quando 17,3% realizaram pela primeira vez uma compra virtual.
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A expectativa de faturamento para o e-commerce brasileiro em 2021 é de alta. A Nielsen projeta para o setor um faturamento de R$ 110 bilhões, crescimento de 26% em relação a 2020, além de alta de 16% no número de pedidos e de 9% no valor médio das vendas.
A empresa credita que o bom desempenho do setor também pode ser atribuído à maturidade da logística, o que agiliza as entregas, bem como à consolidação de ecommerces locais e ao fortalecimento dos marketplaces - como são chamadas plataformas onde diversas empresas realizam vendas digitais.
- O ambiente mais confortável para o consumidor é acompanhado pela maior qualificação e preparo das lojas, seja grandes marketplaces, seja pequenas lojas que tiveram que entrar no ambiente online por conta da pandemia - afirma Monteiro.
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Na avaliação do especialista, apenas o agravamento do cenário de incertezas no ambiente econômico em 2021 poderia impactar as vendas nos próximos meses.
A lista de riscos inclui o fim do auxílio emergencial, a indefinição sobre a vacinação, a expectativa de aumento do desemprego e de elevação da taxa básica de juros, bem como uma retomada da economia mais gradual do que a prevista. "Isso impõe limites a toda economia e, o e-commerce não ficará de fora", analisa Monteiro.
No entanto, ele avalia, ainda assim, que o e-commerce teria algum crescimento mesmo em um ambiente mais hostil porque é a "opção mais viável e confortável" para as compras no atual ambiente de instabilidade.